
Não sei ser triste a valer.
Nem ser alegre deveras.
Acreditem: não sei ser.
Serão as almas sinceras
Assim também, sem saber?
Ah! Ante a ficcção da alma
E a mentira da emoção,
Com que prazer me dá calma
Ver uma flor sem razão
Florir sem ter coração!
Mas enfim não há diferença.
Se a flor flore sem querer,
Sem querer a gente pensa.
O que nela é florescer
Em nós é ter consciência.
Depois, a nós como a ela,
Quando o Fado a faz passar,
Surgem as patas dos deuses
E ambos nos vêm calcar.
'Stá bem enquanto não vem
Vamos florir ou pensar
Fernando Pessoa
Rita, percebo a sua paixão por Pessoa, hehe!
ResponderExcluirA sua seleção é sempre tão bem-vinda!
Adoro vir aqui!
Bjoks
Ontem olhei para os últimos posts e percebi que eram todos de Fernando Pessoa, entre Caeiro e ele-mesmo.
ResponderExcluirFico muito feliz que você goste, Debby!
Venha sempre que quiser, é sempre muito bem-vinda!
Bjs*